Caxias do Sul – Atravessar 13 Estados brasileiros e cinco países. Encarar a altitude de mais de 5 mil metros na Cordilheira dos Andes. Pedalar cerca de 150 quilômetros por dia. Superar problemas de alimentação, hidratação e o cansaço. Esses são alguns dos desafios que Jair Melo terá pela frente a partir do dia 5 de maio.
O ciclista
de 45 anos nem sabe bem como surgiu o apelido, “Pexe”, mas o leva como
marca registrada. Só que esse “pexe” não gosta tanto de água. O negócio
dele é estrada. No asfalto e com a inseparável bicicleta. Agora, ele se
prepara para o projeto que denominou Pedal Extremo.
Com a bagagem, de cerca de 40kg, nas costas e muita disposição, o desafio é provocador. É o sonho que se torna realidade.
– É o grande desafio da minha vida. É uma viagem que vai depender mais do psicológico do que da parte física. Será uma luta solitária a cada dia – define o atleta, natural de Canoas mas que vive em Caxias desde criança.
No esporte há 21 anos, Melo disputa provas estaduais e nacionais de ciclismo de longa distância. Ele começou a pedalar para combater a obesidade e conseguiu integrar o esporte a sua rotina. Em 2005, iniciou a participação nos “Audax”, provas de resistência onde os ciclistas têm determinado tempo para terminar cada etapa e conseguir classificação para o objetivo seguinte. Porém, o percurso mais longo que ele atingiu até agora foram 3,8 mil quilômetros até Salvador, na Bahia.
Até o final do mês passado, Melo trabalhava em uma metalúrgica de Caxias do Sul. Pediu demissão para se dedicar ao maior sonho da vida. Com o dinheiro do acerto, começou a planejar o roteiro da viagem.
A nova aventura deve durar cerca de oito meses. Depois da largada em Caxias do Sul, o ciclista atravessará Santa Catarina, Paraná e São Paulo, na direção do Rio Araguaia, seguindo até o Estado do Pará. Lá, no norte do país, espera encontrar os primeiros grandes desafios:
– Atravessar a Transamazônica será complicado. As estradas de chão são muito ruins e até perigosas pelo intenso tráfego de caminhões.
Depois de passar por Rondônia e Acre, a aventura ficará internacional. Passará por Macchu Picchu, no Peru, antes de ingressar na Bolívia. Além da altitude na Cordilheira dos Andes, terá de superar os cerca de 500 quilômetros de areia no Deserto de Sud Lipez, na Patagônia.
– Também será uma aventura. Conhecer outros lugares, enfrentar climas diferentes, comidas típicas de cada local. São situações que nunca passei – destaca o ciclista.
Necessidade de patrocínio – Pedalar é a parte fácil. O mais difícil para Jair Melo é bancar o esporte. Para conseguir atingir o objetivo e iniciar a cicloviagem com tranquilidade, ele ainda busca patrocinadores. Até o momento, conta com o apoio da Universidade de Caxias do Sul, da ATP suplementos e da Alencar & Jeremias Bike Center.
As empresas que desejarem incentivar o atleta terão as logomarcas estampadas no seu uniforme e no blog que registrará toda a trajetória da viagem. No retorno, o objetivo é escrever um livro com as experiências vivenciadas.
– Busco patrocínios para conseguir alguns equipamentos a mais, para hospedagem e qualquer dificuldade extra que venha a ocorrer – afirma Melo.
Campeão e desbravador de longos percursos no Rio Grande do Sul e no Brasil, Melo estreará internacionalmente. Uma aventura sem limites, percorrendo grandes trajetos, alternados com pequenas paradas. Um desafio de “Pexe” grande.
mauricio.reolon@pioneiro.com
MAURÍCIO REOLON
Com a bagagem, de cerca de 40kg, nas costas e muita disposição, o desafio é provocador. É o sonho que se torna realidade.
– É o grande desafio da minha vida. É uma viagem que vai depender mais do psicológico do que da parte física. Será uma luta solitária a cada dia – define o atleta, natural de Canoas mas que vive em Caxias desde criança.
No esporte há 21 anos, Melo disputa provas estaduais e nacionais de ciclismo de longa distância. Ele começou a pedalar para combater a obesidade e conseguiu integrar o esporte a sua rotina. Em 2005, iniciou a participação nos “Audax”, provas de resistência onde os ciclistas têm determinado tempo para terminar cada etapa e conseguir classificação para o objetivo seguinte. Porém, o percurso mais longo que ele atingiu até agora foram 3,8 mil quilômetros até Salvador, na Bahia.
Até o final do mês passado, Melo trabalhava em uma metalúrgica de Caxias do Sul. Pediu demissão para se dedicar ao maior sonho da vida. Com o dinheiro do acerto, começou a planejar o roteiro da viagem.
A nova aventura deve durar cerca de oito meses. Depois da largada em Caxias do Sul, o ciclista atravessará Santa Catarina, Paraná e São Paulo, na direção do Rio Araguaia, seguindo até o Estado do Pará. Lá, no norte do país, espera encontrar os primeiros grandes desafios:
– Atravessar a Transamazônica será complicado. As estradas de chão são muito ruins e até perigosas pelo intenso tráfego de caminhões.
Depois de passar por Rondônia e Acre, a aventura ficará internacional. Passará por Macchu Picchu, no Peru, antes de ingressar na Bolívia. Além da altitude na Cordilheira dos Andes, terá de superar os cerca de 500 quilômetros de areia no Deserto de Sud Lipez, na Patagônia.
– Também será uma aventura. Conhecer outros lugares, enfrentar climas diferentes, comidas típicas de cada local. São situações que nunca passei – destaca o ciclista.
Necessidade de patrocínio – Pedalar é a parte fácil. O mais difícil para Jair Melo é bancar o esporte. Para conseguir atingir o objetivo e iniciar a cicloviagem com tranquilidade, ele ainda busca patrocinadores. Até o momento, conta com o apoio da Universidade de Caxias do Sul, da ATP suplementos e da Alencar & Jeremias Bike Center.
As empresas que desejarem incentivar o atleta terão as logomarcas estampadas no seu uniforme e no blog que registrará toda a trajetória da viagem. No retorno, o objetivo é escrever um livro com as experiências vivenciadas.
– Busco patrocínios para conseguir alguns equipamentos a mais, para hospedagem e qualquer dificuldade extra que venha a ocorrer – afirma Melo.
Campeão e desbravador de longos percursos no Rio Grande do Sul e no Brasil, Melo estreará internacionalmente. Uma aventura sem limites, percorrendo grandes trajetos, alternados com pequenas paradas. Um desafio de “Pexe” grande.
mauricio.reolon@pioneiro.com
MAURÍCIO REOLON
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